Quais são os desafios do uso das TICs na educação?

O que são, para que servem e como aplicar as TICs na educação

As tecnologias de informação e comunicação são importantes ferramentas para o processo de ensino-aprendizagem no contexto atual. Saiba como utilizá-las em sua IES!

Cada vez mais a tecnologia está inserida na sociedade e, portanto, torna-se necessário utilizá-la também no ensino. Assim, é preciso que gestores e coordenadores compreendam o impacto das TICs na educação e como elas irão transformar a aprendizagem.

Nesse sentido, o Ensino a Distância (EaD) deve ser entendido como um grande aliado da educação superior, pois, ao integrar os recursos tecnológicos, ajuda a promover uma educação mais acessível e inclusiva.

Entretanto, apesar dos benefícios do uso da tecnologia na educação, sua implementação carrega desafios sobre como desenvolver habilidades cognitivas mais complexas, exigindo que os estudantes colaborem e interajam na produção do seu próprio conhecimento.

Quer saber mais sobre as TICs na educação e ver alguns exemplos de como a sua instituição de educação superior (IES) pode utilizá-las? Continue lendo este artigo!

Índice

O que são e para que servem as TICs?
Quais são os desafios do uso das TICs na educação?
Como aplicar as TICs na educação?

O que são e para que servem as TICs?

TICs é a sigla para Tecnologias da Informação e da Comunicação e diz respeito às máquinas e programas que geram o acesso ao conhecimento. Elas consistem no tratamento da informação, articulado com os processos de transmissão e de comunicação.

As TICs multiplicaram as possibilidades de pesquisa e informação para os alunos, que munidos dessas novas ferramentas tornam a aprendizagem ativa e passam a protagonizar o processo de educação.

Contudo, o desenvolvimento das novas tecnologias não diminui o papel dos professores, que agora devem ensinar os alunos a avaliarem e gerirem a informação. Nesse contexto, os docentes passam a ser:

  •       organizadores do saber;
  •       fornecedores de meios e recursos de aprendizagem;
  •       provocadores do diálogo, da reflexão e da participação crítica.

Quando as TICs são integradas corretamente ao contexto pedagógico, os alunos se tornam mais motivados e engajados. Além disso, as TICs colaboram com a gestão educacional para melhorar a qualidade do ensino

Desse modo, tem-se que as tecnologias de informação e comunicação podem potencializar a educação, porém exigem mudanças e adaptações das comunidades discente e docente.

Quais são os desafios do uso das TICs na educação?

Como exposto anteriormente, não basta implementar a tecnologia em sala de aula, é preciso preparar a instituição de ensino para o uso das ferramentas digitais.

A seguir, listamos os principais desafios acerca do uso das TICs na educação, assim como seus benefícios para o meio acadêmico:

1. Capacitação para colaboradores
2. Engajamento dos alunos
3. Avanços do setor tecnológico
4. Adequação da infraestrutura
5. Seleção de ferramentas

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1. Capacitação para colaboradores

A chegada das ferramentas e recursos digitais nas instituições de ensino evidenciou os problemas relacionados às antigas práticas educacionais.

Assim, nesse novo contexto é fundamental que toda a equipe esteja flexível e aberta a receber as novas tecnologias. Além disso, é fundamental que a IES invista na capacitação dos colaboradores sobre a correta utilização das ferramentas.

2. Engajamento dos alunos

Outro desafio decorrente da implementação das TICs na educação é manter o aluno envolvido nos trabalhos desenvolvidos, evitando distrações e elaborando tarefas que contribuam para a aprendizagem.

Para tanto, é necessário que a gestão da IES trabalhe coletivamente com os professores a fim de encontrar soluções para esse problema. A equipe deve elaborar, então, critérios para a utilização das ferramentas tecnológicas e para as atividades avaliativas.

3. Avanços do setor tecnológico

É sabido que novas tecnologias são introduzidas e outras modificadas a todo momento. Assim, alguns desses aparatos podem perder a relevância e cair em desuso rapidamente.

Para evitar que isso aconteça, é preciso investir em recursos digitais que possuam capacidade de atualização e que sejam de qualidade. Dessa forma, a IES  garante que gastos com reparação e novas aquisições não sejam necessários.

4. Adequação da infraestrutura

Além de investir em equipamentos de qualidade e em capacitação, a IES deve oferecer uma infraestrutura nos ambientes físico e virtual, compatível com as necessidades do corpo discente.

Sendo assim, é necessário investir, por exemplo, em laboratórios de informática e em uma biblioteca digital. Dessa forma, a IES aumenta a produtividade e satisfação de alunos e professores.

5. Seleção de ferramentas

Existem diversas soluções tecnológicas desenvolvidas exclusivamente para o ensino, mas nem todas são adequadas à realidade e ao contexto de uma instituição.

Por isso, a escolha de uma ferramenta deve ser condizente com os interesses e objetivos da IES, além de oferecer uma boa contribuição para o aprendizado dos alunos.

Apesar dos desafios da utilização de recursos tecnológicos para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, os impactos positivos são inúmeros. Alguns exemplos são:

  •   acompanhamento individual do aluno;
  •   personalização no processo de aprendizagem;
  •   autonomia do estudante;
  •   trabalho em equipe;
  •   aprendizado mais dinâmico e interessante;
  •   gerenciamento das tarefas burocráticas.

Quais são os benefícios das TICs na educação?

As TICs, como já descrito, são ferramentas versáteis e úteis. Vamos, então, elencar algumas vantagens do uso amplo das TICs na educação:

  1. Facilitam o acompanhamento individualizado e a personalização do ensino, ao promover múltiplos recursos que podem abarcar cada aluno em suas peculiaridades;
  2. Potencializam a capacidade de ensino e transmissão do conhecimento do professor, que passa a contar com inúmeros recursos para passar a matéria;
  3. Estimulam a autonomia do aluno e o aprimoramento do senso de responsabilidade, pois são diversas as ferramentas que exigem do estudante uma postura ativa;
  4. Dinamizam o aprendizado e o conteúdo com recursos variados;
  5. Incentivam o trabalho em grupos por meio de atividades cooperativas e interativas, impulsionando a capacidade do estudante de lidar com pessoas;
  6. Minimizam o tempo que é gasto por educadores e coordenadores com aspectos burocráticos, por promoverem a automatização de muitos processos; assim, tornam o trabalho destes profissionais da educação mais eficiente;
  7. Multiplicam as possibilidades de aprendizagem, por não se limitarem à sala de aula e poderem ser utilizados em qualquer lugar;
  8. Contribuem para o acesso amplo à educação ao democratizar métodos de ensino.

TICs e Acessibilidade Metodológica

A Acessibilidade Metodológica é um princípio educacional que tem como objetivo possibilitar a inclusão de estudantes com deficiência no ensino. Portanto visa a garantia de acesso ao ensino, de forma qualitativa.

Deste modo, a Acessibilidade Metodológica busca meios inclusivos de aprendizado, mitigando barreiras de conhecimento. Por sua importância, existe previsão legal de obrigatoriedade da acessibilidade. Conforme o artigo 24 do Decreto nº 5.296/2004:

“os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários.” (Nossos destaques)

Sendo assim, acessibilidade metodológica é medida por meio dos seguintes indicadores:

  • Conteúdos Curriculares;
  • Estrutura Curricular;
  • Metodologia;
  • Apoio ao Discente;
  • Ambiente Virtual de Aprendizagem (para cursos que sejam total ou parcialmente à distância);
  • Material Didático.

Além disso, o uso de TICs amplia muito a acessibilidade metodológica porque, ao variar as possibilidades de acesso, a inclusão fica muito facilitada. Como exemplos de uso de TICs para inclusão e acessibilidade metodológica, podemos citar:

  • Leitores digitais auditivos para facilitar o acesso por alunos com deficiências visuais;
  • Promoção de métodos alternativos de conhecimento que facilitam o aprendizado de pessoas neurodiversas;
  • Possibilidade de acervo remoto a conhecimentos;
  • Apoio ao discente, inclusive digital, na elaboração de estratégias inclusivas;
  • Promoção do Ambiente Virtual de aprendizagem por meio de plataformas que se enquadram como TICs.

Como aplicar as TICs na educação?

Como já explicamos acima, TIC significa Tecnologia da Informação e Comunicação. Assim, tudo que reúne recursos tecnológicos integrados pode ser classificado como TIC. As TICs conseguem proporcionar automação, comunicação e integração de diversos processos.

Assim, as TICs são mais amplas do que imaginamos. Alguns exemplos básicos de TICs são:

  • Notebooks, desktops e computadores em geral;
  • câmeras fotográficas ou vídeo para computadores e webcams
  • sites na internet
  • endereços eletrônicos (e-mails)
  • aplicativos e sites de reprodução de vídeos (por exemplo, o Youtube)
  • Cartões de memória, hardwares e pen-drives;
  • telefones celulares e todos os aplicativos nele contidos.

Na educação, as TICs são utilizadas majoritariamente para potencializar a aprendizagem, por meio de auxílio na individualização do ensino, no gerenciamento das ferramentas educacionais, táticas de ampliar a absorção do conteúdo, entre outras possibilidades.

A seguir, iremos apresentar as categorias em que as TICs são divididas e como é possível inseri-las na IES. Confira!

1. Ambientes virtuais imersivos
2. Ferramentas de comunicação
3. Ferramentas de trabalho
4. Ferramentas de gestão
5. Ferramentas para acervo de conteúdo
6. Ferramentas de experimentação
7. Objetos digitais de aprendizagem (ODA)

1. Ambientes virtuais imersivos

São dispositivos que promovem experiências que combinam o mundo real com o mundo virtual.

Os ambientes virtuais imersivos são cenários em 3D, dinâmicos e móveis, que utilizam técnicas de computação gráfica para simular a experiência em tempo real. Assim, o usuário consegue se sentir como se estivesse nesses ambientes presencialmente.

Os ambientes imersivos permitem o aprendizado através da experiência e da interação entre os alunos. Alguns exemplos de ambientes virtuais imersivos são tecnologias de realidade aumentada que permitem, além do aprendizado, uma diversão interativa, pois prendem a atenção dos alunos.

Considerando que uma das dificuldades mais presentes na educação, principalmente no século XXI, é a manutenção da concentração, os ambientes virtuais podem ser um aliado muito útil.

Alguns exemplos de ambientes de realidade aumentada são museus que permitem visitas virtuais, assim como o uso de ferramentas como o Google Earth.

2. Ferramentas de comunicação

São ferramentas que facilitam a comunicação entre as pessoas envolvidas no processo educativo. Estreitam o relacionamento e também simplificam a troca de informação, com o envio de recados e comunicados importantes.

Essas ferramentas, ao simplificar as comunicações, agilizam a troca de informações entre professores, alunos, diretores, coordenadores e gestores educacionais.  Conheça alguns exemplos:

  •   e-mail;
  •   aplicativos como WhatsApp;
  •   site;
  •   redes sociais.

3. Ferramentas de trabalho

São programas ou aplicativos que auxiliam na realização de tarefas e na organização de arquivos, que também podem ser armazenados na nuvem. Podem ser utilizados tanto por professores quanto por alunos.

Essas ferramentas têm uma série de utilidades, podendo facilitar o registro de cadernos e resumos, viabilizar o acesso a textos e materiais didáticos, disponibilizar instrumentos de comentários e grifos, entre outros. Veja esses exemplos:

  • Ferramentas de edição de textos;
  • Conteúdos multimídia;
  • Ferramentas de armazenamento.

4. Ferramentas de gestão

São ferramentas que simplificam e facilitam a organização dentro e fora da sala de aula, permitindo que o corpo docente gaste menos tempo com as tarefas burocráticas.

Estas ferramentas de gestão facilitam a organização de informações e processos que tenham a ver com o processo de ensino. Além disso, estas ferramentas podem auxiliar na gestão administrativa das IES. Alguns exemplos são:

  •  simulados e correção de provas online.
  • sistemas informatizados de controle de presença
  • emissão de boletos via sistemas financeiros

 5. Ferramentas para acervo de conteúdo

São ferramentas que auxiliam na distribuição de diversos conteúdos das disciplinas do curso e permitem o acompanhamento de maneira individualizada. As plataformas permitem que os materiais sejam distribuídos com agilidade e instantaneidade.

Além disso, por seus índices digitalizados e ferramentas de busca, as plataformas de acervo didático conseguem ser de fácil navegação e pesquisa. Exemplos:

6. Ferramentas de experimentação

São dispositivos que possibilitam o desenvolvimento de projetos, em que os alunos precisam fazer pesquisas e elaborar um produto diferenciado.

Neste tipo de TICs, como a estratégia de ensino é experimentação direta, o aluno assume papel de protagonista no próprio aprendizado, o que gera retenção de conhecimento, interesse e absorção do que é estudado.

Estas ferramentas auxiliam, também, na absorção de competências práticas, ao gerar certo nível de conhecimento empírico. Assim como auxiliam no trabalho com as competências cognitivas, as habilidades socioemocionais, a comunicação e o trabalho em equipe. Exemplos:

  • kits de robótica;
  • plataformas de programação e de produção audiovisual;
  • sistemas de programação

7. Objetos digitais de aprendizagem (ODA)

Os objetos de aprendizagem auxiliam a prática pedagógica, seja dentro ou fora da sala de aula. Principalmente os digitais, que podem ser utilizados para trabalhar conteúdos e habilidades de maneira mais criativa e dinâmica, sendo muito eficientes para reter a atenção dos alunos. Exemplo:

  •   livros digitais;
  •   animações;
  •   jogos;
  •   videoaulas.

Agora que você já sabe o que são as TICs na educação, continue no blog e descubra como desenvolver as metodologias ativas com uso de tecnologias digitais

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